Já comentei sobre isso em um de meus últimos posts do ano passado, sobre as tendências para 2010 e, conforme esperado, um deles é o Foursquare.
Não sei ainda qual a utilização deste novo programa/rede social aí no Brasil (feedbacks, por favor), mas aqui no hemisfério norte, a febre já começou. De acordo com a empresa, mais de 350 mil usuários já estão cadastrados e se utilizam do produto ao menos 15 vezes ao dia. Especialistas dizem que o Foursquare será o Twitter deste ano, crescendo exponencialmente de usuários. Com um visual simples, direto e, seguindo a forma de sucesso de jogos do Facebook (a aquisição de “badges”- medalhas para o objetivo atingido), eu tendo a concordar.
Mas, como funciona? Bem, após o cadastro no site (www.foursquare.com), o usuário passa a fazer parte de uma rede social (mais uma) e pode, a cada lugar que está, fazer um check-in ali. Esta informação é passada a todos seus amigos conectados no programa também e, para quem permitir, aos contatos do Facebook (através de uma aplicação interna nesta outra rede social). O check-in também permite que a pessoa receba, na mesma hora, dicas (se elas existirem) sobre o lugar, como por exemplo uma promoção de café grátis em um restaurante para quem estiver ali, com o programa. Visite um lugar constantemente e, com o passar do tempo, você passa a ser o “prefeito” deste lugar (e, consequentemente, pode se tornar expert ali e eventualmente receber mensagens de pessoas aleatórias perguntando por dicas). Além disso, você pode também postar, no estilo de um tweet, informações sobre o lugar (como por exemplo “o garçon X atende muito bem”, ou “Não deixe de ver o quadro de Van Gogh no terceiro andar, ele está meio torto!”), e pode, com o sistema de localização, saber se algum amigo seu está perto de você e combinar de se encontrar com ele, graças a possibilidade de se instalar um aplicativo da empresa, disponível gratuitamente para os principais celulares atuais (iPhones/iPod Touchs, Palms Blackberrys e Androids)
Engana-se quem acha que a ideia do Foursquare é apenas agregar usuários (como faz o Twitter hoje – e ainda não se sabe como se ganhar dinheiro com isso). Se a previsão dos especialistas se concretizar, o Foursquare terá uma base de usuários gigantesca que gerará também uma fonte preciosa de potenciais consumidores. Para as empresas, fazer promoções especiais para o site gerará uma fidelização de usuários (pode-se, por exemplo, dar 10% de desconto em seus produtos para o “prefeito” do lugar), além de, com tantos check-ins, saber os hábitos das pessoas, onde elas vão e o que elas gostam onde vão. Assim como as empresas de cartões de crédito tem, como seus maiores lucros, a venda de informações sobre os hábitos de compras dos usuários (sim, eles vendem estas informações e isso é a maior fonte de renda delas mesma), o Foursquare pode se tornar a próxima empreitada milionária da internet. De acordo com a quantidade de atualizações e o nível de “vício” que os atuais usuários já apresentam, acredito que isso é só uma questão de tempo.
Tags: Internet, Mídia Social, Tendências
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