Alice in Wonderland, nova empreitada da Disney e do diretor Tim Burton, promete ser um incrível devaneio visual, explorando o potencial dos filmes 3D como só Avatar fez até agora. O cast conta com Johnny Depp, Helena Bonham Carter e Mia Wasikowska. Contudo, antes do filme estrear, um grande imbróglio já está formado.
A controvérsia começou porque a Disney resolveu encurtar o espaço de tempo entre a estreia nos cinemas (05/03 lá fora, 16/04 aqui) e o lançamento em DVD. Normalmente, a janela de exibição exclusiva nos cinemas é de 17 semanas. Mas a Disney resolveu lançar o DVD 12 semanas após o filme estar nos cinemas, e está armada a quizumba. Após o anuncio da redução da janela, o Odeon e o Vue (que ocupam, respectivamente, a 1ª e a 3ª colocação entre os maiores distribuidores do Reino Unido) dizem que não exibirão o filme nem por ordem da Rainha (A Elizabeth, não a de Copas). O boicote também está sendo estudado por distribuidores na Holanda, Bélgica e Itália.
A Disney tem algumas razões pra estar mais apressada que o Coelho Branco. Uma delas é a Copa do Mundo, que certamente irá abocanhar grande parte da atenção das famílias inglesas a partir de junho. Outro motivo é o combate à pirataria – em linhas simples, quanto antes o DVD for lançado, menos dinheiro se perde para os piratas.
Do lado dos exibidores, as queixas se devem ao fato de que um período menor de exibição significa, evidentemente, um lucro menor. Apesar de terem que fazer um grande investimento em divulgação e adequação das salas à projeção 3D, os exibidores terão menos tempo para recuperar a dinheirama aplicada. Temem, ainda, que a exceção vire regra, e as 17 semanas habituais logo deem lugar às 12 propostas pelo estúdio.
Em sinal de boa vontade, a Disney concedeu mais uma semana de exibição exclusiva nas salas de cinema. Isto possibilitaria lançar o DVD em fins de maio- antes, portanto, de os ingleses ocuparem suas mentes, orçamentos e telas de LCD com a Copa. Além disso, a empresa diz que deseja uma flexibilidade para, eventualmente, alterar a janela de exibição de um filme, e não criar um novo padrão.
O boicote sofreu um duro golpe com o anuncio de que a Cineworld (2º maior exibidor, 24% da bilheteria no Reino Unido) voltou atrás e não irá aderir. Ao contrario do Vue e do Odeon (que opera as salas de bandeira UCI), a Cineworld é uma empresa pública – portanto, mais suscetível ao prejuízo que seria dizer “não” a um blockbuster desse calibre.
Em outros países, como Alemanha, Áustria, Portugal e Espanha, as 17 semanas serão mantidas e o filme será exibido normalmente.
O que dá pra perceber é que ainda estão todos aprendendo as regras de um jogo novo. Até todos estarem familiarizados e adaptados, é normal que haja uma série de empurrões, demonstrações de força e cotoveladas de parte a parte. Por aqui, o que posso dizer é que não vejo a hora de sentar numa poltrona de cinema com um par de óculos 3D pra ver a Alice, o Chapeleiro Louco e Cia. E, se o filme entregar o que promete, ainda compro o DVD assim que lançar.
Tags: 3D, Alice no País das Maravilhas, boicote, cinema
26 de fevereiro de 2010 às 10:54 |
Não esqueça de divulgar suas impressões quando assistir ao filme, porque também me interessei.
Eu gostaria de saber a fonte dessas informações, por favor.
2 de março de 2010 às 13:39 |
Dona Nancy, a idéia saiu deste artigo da BBC: http://news.bbc.co.uk/2/hi/8528820.stm
Apurei alguns dados em outros sites também. E pode deixar que coloco uma resenha assim que assistir ao filme.
Abraço!
9 de março de 2010 às 11:15 |
OK, obrigada pela atenção dispensada.
Considero desnecessária a formalidade de ‘Dona’, enfim…
outro abraço!
9 de março de 2010 às 23:14 |
Ney, muito bom!
13 de março de 2010 às 13:59 |
Eu acho isso otimo. Odeio baixar screener, jaja vai ter um DvDrip em qquer torrent da vida.
Isso pra mim eh tiro no pe.