Archive for janeiro \31\-02:00 2011

Quando a contramão é a solução

31 de janeiro de 2011

Com o passar do tempo, a sociedade está mais limitada, vigiada, fiscalizada e ameaçada por leis que visam a defesa dos direitos humanos (contra discriminação racial, de gênero, etc.),  mas que, ao invés de unicamente preservar a dignidade, estão restringindo, também, a criatividade. E, nesse caminho, os que ousam chocar a sociedade virão os vilões, os famigerados ‘politicamente incorretos’.

A Nissan, atualmente, resolveu apimentar o mercado publicitário do mundo inteiro com propagandas mais ousadas, tentando chegar o mais próximo do limite legal, afinal, tudo que não é proibido, é permitido.

E resolveu atacar também, de forma bem humorada, seus concorrentes. No Brasil, aproveitando o embalo midiático do sertanejo-pop, batizou a dupla Railuque e Malloque para cutucar suas concorrentes da Toyota e VW, dando a indireta que tais carros são frágeis e para pessoas que priorizam a imagem.

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“Eu já sabia!” – dizia o manguaça

27 de janeiro de 2011

A cerveja pode não ser a melhor, mas o copo tem que ser Americano

Quem frequenta boteco – e veja, estou falando boteco, não bar – pede pra trocar de copo se a cerveja é servida num tulipa, num copo de requeijão ou numa caneca de vidro. “Meu amigo, isso não é copo pra cerveja” – geralmente exclama um manguaça, que é rapidamente endossado pelos outros da mesa.

Botequeiro que é botequeiro sabe: copo bom é Copo Americano. E faço questão de usar C e A maiúsculos ao citar esse minimalista porém fabuloso modelo de copo criado pela empresa brasileira Nadir Figueiredo em 1974.

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Os devoradores de cérebro

10 de janeiro de 2011

Estou me interessando, de forma mais profunda, em um assunto que anteriormente já me era bacana: a ciência do consumo. O chamado Neuromarketing, área de atuação em que se estuda o comportamento do cérebro nas relações de consumo (ou até mesmo na relação com as marcas). Este estudo é fantástico: Quebra conceitos internalizados em culturas (como por exemplo a exibição constante de mulheres em trajes sumários para vender cervejas), bem como comprova que uma marca pode sim definir o gosto de uma pessoa (muitos bebem Coca-Cola pois ela se chama Coca-Cola, não por seu gosto única e exclusivamente).

Cerveja e mulher, uma combinação que não vende.

Cerveja e mulher, uma combinação que não vende.

O Neuromarketing, apesar de estar se tornando essencial nos Estados Unidos (já existem investimentos na ordem de US$ 7 milhões, para as pesquisas), ainda engatinha por aqui. As pesquisas qualitativas e quantitativas ainda são predominante e definem o escopo de atuação das agências. Porém, acredito eu que, por conta do atual momento de rápidas transições que vivemos, a tendência de se utilizar o Neuromarketing no Brasil se acentuará, especialmente quando tal estudo tornar-se mais acessível, não se restringindo às grandes corporações.

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